24/08/2022 às 18h20min - Atualizada em 24/08/2022 às 18h20min

Professora pede afastamento de escola em Araçuaí e Itinga, após denúncia de agressão a aluno de 13 anos.

Escola Estadual Manoel da Silva Gusmão, em Itinga.

 

A professora de matemática Cleonice dos Santos Araújo, da Escola Estadual Manoel  da Silva Gusmão, da cidade de Itinga, pediu demissão do cargo, após ser acusada de agredir um aluno de 13 anos. Ela também é professora efetiva da Escola Estadual Izaltina Cajubi, em Araçuaí, região do Vale do Jequitinhonha (MG), de onde, segundo a escola, se encontra licenciada.

 

A denúncia  das agressões, foi feita pela mãe do garoto, a professora Jane Batista de Andrade Menezes,  à Superintendência  Regional de Ensino (SRE), em Araçuaí. Ela contou que as agressões ocorreram no último dia 3 de julho, dentro das dependências da escola.” Ela pegou meu filho pelo pescoço, chamando-o de porcaria e falou que eu como mãe, era mais porcaria ainda, por colocar um porqueira feito ele no mundo”- denunciou a mãe do  adolescente. Ainda segundo ela, a partir das agressões, o menino começou a chorar muito na sala de aula, pela vergonha que passou junto aos colegas e que a professora  Cleonice começou a ironizar o choro dele, dizendo por várias vezes, que choro não mata nem arranca pedaço. Ainda na denúncia, a mãe  do garoto conta que no mesmo dia, a professora recebeu o trabalho de uma aluna e falou com todos, olhando para seu filho, que eles ( os alunos) eram laranjas podres que não aprendiam nada.


Procurada pela reportagem, a Superintendente Regional de Ensino Maristane Oliveira Carvalho, confirmou o recebimento da denúncia, no dia 15 de agosto.
 

“Não compactuamos com nenhum tipo de agressão, seja de aluno a professor, seja de professor a aluno. Abrimos um procedimento administrativo para averiguar os fatos. Já ouvimos a mãe do aluno, professores, a direção da escola . Se  as agressões forem comprovadas, ela será dispensada do cargo e ficará impedida por 5 anos, de participar de concursos públicos ou concorrer a outras vagas de professor na rede pública”- afirmou a Superintendente.

A professora Cleonice Araújo já foi ouvida pelo colegiado da Escola Manoel Gusmão, e segundo a Superintendente de Ensino, ela pediu perdão e desculpas durante a reunião para apurar as agressões.

O colegiado é formado pelo gestor, professores, funcionários, estudantes, pais, mães ou responsáveis pelos estudantes da escola. “ Ela não negou as agressões. Alegou que está muito estressada e pediu desculpas”- disse a mãe do aluno, que há 19 anos é professora do ensino fundamental. 
 

Me senti ofendida e magoada como mãe, como mulher,  e como professora

“Fiquei muito chateada, ofendida e magoada, não somente como mãe, mas também como mulher,como professora, afinal, trata-se de uma colega de profissão. Estamos procurando atendimento psicológico para meu filho, que está deprimido. Ele chegou a me perguntar se era importante para mim, ele continuar estudando, alegando que não conseguia aprender matemática com a professora. Tomei a atitude de denunciar o fato por não  suportar ver meu filho sofrer "- afirmou 

Por dois dias, a reportagem tentou sem sucesso falar com a professora Cleonice, que é irmã da assessora parlamentar da deputada estadual Leninha do PT, Cléa Amorim, que não quis comentar o caso.
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A Superintendente de Ensino informou que a professora pediu afastamento do cargo que ocupa no estado,  e demissão da escola em Itinga, após a repercussão do caso.


Sérgio Vasconcelos
Repórter

 

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