29/03/2023 às 18h28min - Atualizada em 29/03/2023 às 18h28min

Casal pega 55 anos de prisão pelo assassinato de investigador aposentado em Araçuai

O investigador José Japur Tanure tinha 65 anos
O casal Carla Erilane Rocha Vieira, de 20 anos e Luiz Henrique Ramalho de Sousa, conhecido por Riquinho, de 21 anos, foi condenado a 55 anos pelo assassinato do investigador José Japur Tanure ocorrido na noite de 9 de agosto do ano passado, em Araçuai, no Vale do Jequitinhonha (MG).

Por ser menor de 20 anos ,ré primária, e ter confessado o crime, a mulher foi condenada a 24 anos de prisão em regime fechado .Ela já está recolhida no presídio de Vespasiano, região metropolitana de Belo Horizonte, onde foi presa ano passado juntamente com o companheiro, que está preso na Dutra Ladeira, em Ribeirão das Neves (MG). 

Por já ter sido condenado anteriormente, por tráfico de drogas e posse ilegal de armas, Luiz Henrique foi condenado a 31 anos . Ele estava em regime aberto quando cometeu o crime.  Luiz Henrique deverá cumprir a pena em regime fechado. O casal residia em Araçuaí e logo após o crime, os dois fugiram  para Belo Horizonte, onde chegaram a morar na rua até serem presos em Vespasiano. 

A sentença do juiz Nilton José Gomes Júnior, da Comarca de Araçuai, foi divulgada na última quinta-feira (23).




Relembre o caso

José Japur Tanure, de 64 anos, morava sozinho. Ele foi encontrado morto no quintal de sua casa na tarde de 10 de agosto de 2022, em Araçuaí. Ele estava com as mãos e pés amarrados, caído próximo à piscina da residência, localizada na região central da cidade. Imagens de câmeras de segurança ajudaram a polícia civil a desvendar o crime e prender os culpados. A polícia acredita que ele foi morto entre 22 e 23 horas da noite anterior.

A mulher confessou o crime. Em seu depoimento, ela contou que tinha um relacionamento amoroso com o policial aposentado e ao mesmo tempo com seu comparsa.

De acordo com o delegado de Araçuaí, Ciro Roldão, ela tinha conhecimento dos hábitos do policial e costumava dormir na casa dele e que os cinco cachorros da raça pinscher já estavam acostumados com ela." Quando chegamos no dia seguinte, na cena do crime, os cachorrinhos estavam em cima do Zé Japur e foi difícil retirá-los"- contou o delegado.
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Uma testemunha amiga do aposentado revelou que ele já havia reclamado que a mulher estava furtando dinheiro da carteira dele e que por isso, não queria mais o relacionamento, nem a presença dela na casa.




A mulher confessou que no dia do crime, chamou o comparsa para participar do assalto, e que ela não tinha a intenção de matar o policial mas apenas roubar o dinheiro e a arma que ele costumava guardar em casa. Para isso, ela chegou na casa, por volta das 19h30m. O aposentado estava sozinho e os dois chegaram a tomar cerveja juntos. Em determinado momento, a mulher colocou um remédio no copo dele com a intenção de dopá-lo. Como ele não dormiu, ela permitiu a entrada do comparsa, que a aguardava na rua.

Os dois amarraram os pés e as mãos do aposentado que já estava sonolento, o colocaram sentado em uma cadeira e com uma toalha, aplicaram um golpe no pescoço dele, conhecido no meio policial por " teresa", causando asfixia e morte. Em seguida, reviraram todo o quarto do investigador, onde foi encontrado um revólver calibre . 38. O dinheiro foi encontrado no bolso da bermuda dele. Em seguida, fugiram levando o celular, dinheiro e o revólver da vítima. A polícia não informou o valor roubado.

O casal ficou 7 meses foragido. No dia do crime, os dois pegaram um táxi, foram para a cidade vizinha de Virgem da Lapa e de lá para Belo Horizonte. A idéia era fugir para Curitiba. Após as investigações, a prisão do casal foi decretada em 21 de janeiro deste ano. Os dois foram presos em Vespasiano.

O crime chocou a cidade de Araçuaí. O investigador aposentado era separado e pai de um jovem universitário que mora em Belo Horizonte. O pai costumava sacar dinheiro da aposentadoria e enviava para o filho custear os estudos.

Gazeta de Araçuai






 
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