04/05/2023 às 18h57min - Atualizada em 04/05/2023 às 18h57min

Caso Emilly Ferrari completa 10 anos sem solução

. A data era 4 de maio de 2013. Emilly Ferrari, de sete anos, sumiu enquanto brincava na porta de casa, em Rio Pardo de Minas. O caso completa 10 anos sem solução nesta quinta-feira (4). A ossada dela foi encontrada em 2017, na zona rural do município.

"Pode ser que a justiça humana não seja feita nesse momento, mas a justiça de Deus não falta, em algum momento eu vou ter a resposta que eu preciso, que eu necessito, o que me mantém de pé é a fé", fala Tatiany Ferrari Viana.

"Existem pais e pais, o pai que só dá o que comer e abandona o filho, e o pai que dá o que comer e dá carinho. Dá saudade porque sempre fui presente, minha filha não viveu nada nesse mundo cruel", diz Leandro Campos, pai da menina.

"Minha maior tristeza era chegar em casa e não ver brinquedo espalhado, achar uma casa toda arrumada, toda no lugar [...] uma casa sem criança não é uma casa feliz", diz Tatiany.
 
 
 
Investigação

O caso começou a ser investigado pela Polícia Civil de Rio Pardo de Minas e teve apoio da Divisão de Referência da Pessoa Desaparecida, em Belo Horizonte. Uma equipe de policiais esteve na cidade por várias vezes fazendo diligências e colhendo depoimentos.

O delegado Bruno Rezende explica que mais de 70 pessoas foram ouvidas, 40 relatórios de investigação foram produzidos e medidas como quebra de sigilo telefônico foram executadas.

"Foi uma complexidade e um volume de informações que exigiram durante todo esse período uma análise apurada da Polícia Civil, a partir do encontro dos restos mortais da vítima é que foi possível desenvolver diligências que levaram à finalização e conclusão das investigações."

Rezende afirma ainda que o inquérito será finalizado nos próximos dias e remetido ao Ministério Público, que decide se vai oferecer denúncia e se encaminha o caso à justiça.

"Não tem risco de prescrição porque há por parte da Polícia Civil a finalização das investigações e a definição de autoria na convicção de que essa morte, esse crime bárbaro, tem um desfecho em relação ao seu responsável e que vai ser colocado à disposição da justiça para julgamento", destaca.



Ossada

No dia 27 de abril de 2017, um maquinista encontrou uma ossada durante obras de manutenção em uma estrada em rural, na comunidade de Alazão, distante cerca de oito quilômetros da área urbana do município.
Um fêmur e o crânio foram enviados para exames na Polícia Civil em Belo Horizonte. Em 18 de setembro de 2017, a PCMG confirmou que uma ossada encontrada na zona rural era de Emilly. Os restos mortais da menina foram velados na Câmara Municipal de Rio Pardo de Minas e enterrados na cidade.

“Não era o que esperávamos. Foi uma notícia muito forte. Não esperava encontrá-la desta forma. Ela era uma menina com sete anos e conhecia a vizinhança. Tinha costume de brincar na porta de casa, assim como é comum em cidades menores. Fica na cabeça o que aconteceu, o que ela passou. Inicialmente, vamos cuidar do sepultamento, para depois ver como irá seguir”, falou o pai da menina na época.

Desaparecimento

Emilly Ferrari desapareceu no sábado (4), por volta das 17:30h, sem que ninguém a visse. Neste dia, ela havia almoçado com o pai, Leandro Campos, e chegou em casa às 15h30.
"Ela estava com uma boneca na calçada e fazia isso todos os dias, era obediente e seguia as minhas ordens de não sair da porta de casa. Ela foi levada e ninguém viu, os vizinhos disseram não ter visto ninguém", disse a mãe na época.
 

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