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Araçuai completará 150 anos de emancipação em 2021. O que comemorar?
É preciso que as comemorações sejam marcantes e significativas e que não se resumam apenas a um desfile cívico e uma micareta.

Araçuai completa em setembro de 2021, 150 anos de emancipação. Trata-se de uma data importante e que deverá ser usada principalmente para resgatar a memória histórica do município.
Não vi nenhum dos candidatos a prefeito tratar do assunto. Defendem que é preciso primeiro ganhar a eleição. Mas acredito que o eleitor gostaria de saber antes da abertura das urnas, quais as propostas dos candidatos para esta data tão significativa.
Penso que a proposta não pode ser apenas um desfile cívico e a realização de uma micareta, como tem sido nos últimos anos. É muito pouco.
É preciso acenar com algo mais robusto, à altura da data. Nesse contexto, devem ser chamados representantes das entidades da sociedade civil organizada, representantes religiosos, servidores públicos, empresas, imprensa, instituições de ensino, entre outros e acenar com a elaboração de uma programação para a data.
Por meio de diálogo aberto ( o que nunca foi feito por administrações anteriores) e com informações detalhadas, o candidato deve apresentar o Plano Araçuai 150 anos, com as primeiras sugestões para as ações e atividades.
Esse plano pode contemplar ações e atividades para todo o mês de setembro e não somente para o dia 21 de setembro.
As obras de infraestrutura devem fazer parte no planejamento, já que contemplam demandas importantes para a população.
O calendário será uma construção não apenas da Prefeitura, através dos departamentos de Cultura, Esportes, e secretarias afins, mas também de entidades e representações de diversos setores do município que abraçam a iniciativa.
150 anos de Araçuai deve ser como um vírus do bem para disseminar à toda a cidade.
É importante realizar atividades com as crianças, em função dos 150 anos, mostrando a elas a história do município. As ideias das entidades de classe, empresas, clubes de serviços e cada um dando sua sugestão na elaboração dos eventos será de suma importância.
Por fim, construír uma agenda com várias mãos, com participação de todos. Abrir o espaço numa espécie de Audiência Pública para trazer mais sugestões e enriquecer a programação.
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Uma sugestão é criar nas escolas o concurso para escolha da logomarca dos 150 anos de Araçuai e lançar o selo através dos Correios.
Homenagens aos cidadãos que contribuíram para a cidade e até a produção de um documentário narrando a história de Araçuai é importante. Existe um acervo considerável de fotos históricas que precisam ser selecionadas e expostas, além do lançamento do livro sobre a história de Araçuai, promessa nunca cumprida pelas gestões passadas.
Valorizar os artistas da terra, numa espécie de Virada cultural, com 24 horas de atividades, de música, esportes, gastronomia, teatro, dança, gincanas, exposições fotográficas espalhadas por toda a cidade, prestigiando os bairros, as praças, mercado municipal, rodoviária, entre outros.
Exemplo
Apenas para lembrar. Em outubro de 1971, o presidente Emílio Garrastazu Médici instituiu uma comissão nacional para programar e coordenar as comemorações dos 150 anos de Independência do Brasil que se realizariam em 1972. Era o início dos preparativos da maior festa cívica nacional. Foi criada a Comissão Executiva Central para dirigir e coordenar as comemorações mas, foi em 21 de abril, dia de Tiradentes, que as festas começaram oficialmente, para somente serem encerradas no dia 7 de setembro.
Fica a dica.
Uma das características que garantiram o sucesso da festa foi justamente sua capacidade de mobilizar e tocar a vida cotidiana das pessoas.
Ora, uma comemoração que se propõe uma duração de quase seis meses, não sobrevive apenas de grandes eventos, embora estes tenham sido relativamente numerosos e verdadeiramente grandiosos. Dessa forma, os valores, os heróis do passado, as conquistas presentes e a construção do futuro, as ideias centrais com as quais a comissão organizadora dos festejos trabalhou, ia ao encontro dos anseios de camadas significativas da sociedade, sendo capaz de mobilizá-las em seus ambientes mais cotidianos: escolas, bairros, sindicatos, supermercados, estádios de futebol, etc. Tudo remetia à ideia de que havia algo para se festejar.
Sérgio Vasconcelos
Repórter
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